Q&A – Oi e V.tal

Q&A – Oi e V.tal

Como posso acompanhar a rentabilidade do segmento de Fibra e identificar a evolução dos custos da Oi com a V.tal?

R: A Oi divulga trimestralmente a abertura de sua receita de fibra, muito embora não divulgue uma demonstração de resultado por segmento.
Ainda assim, a maior parte dos custos com a V.tal é refletida na linha de Aluguel & Seguros da demonstração de resultados que contempla, principalmente, os custos atrelados ao uso da rede de fibra neutra contratada da V.tal para conexão e manutenção da base de clientes de FTTH nos segmentos residencial e empresarial. Não obstante aí também são contabilizados os valores de custos de contratação de capacidade de rede de fibra para atender clientes corporativos, além de gastos com seguros.
Adicionalmente, embora nas demonstrações de resultados da Oi existam notas explicativas referentes às transações com partes relacionadas, incluindo a V.tal, ali estão incluídos custos de diversos contratos entre a Companhia e a V.tal adicionais aos gastos para serviços de fibra, não sendo, portanto, a melhor informação para apurar a rentabilidade da Oi Fibra.
Uma referência de rentabilidade foi dada no Fato Relevante que fez o Blow out de informações trocadas com credores no contexto das negociações relativas ao processo de RJ. Nele é possível observar que a operação de fibra se encontra em fase de expansão e, dessa forma, se espera uma margem mais pressionada no curto prazo, melhorando gradualmente ao longo dos anos na medida em que a operação ganha mais escala, diluindo custos fixos e implementando ações contínuas de eficiência.

Por que existe crescimento trimestral mais acelerado dos custos de Aluguel & Seguros da Oi se houve redução nas adições líquidas em relação ao trimestre anterior?

R: A linha de Aluguel & Seguros reflete principalmente o crescimento da base de clientes residenciais e empresariais ao longo do tempo. Este valor é composto pelos custos de conexão de novos clientes, diferido ao longo do tempo médio de permanência do cliente na base, e de manutenção da base pelo uso da rede de fibra. Sendo assim, a variação anual e trimestral da linha é mais impactada pelo crescimento histórico da base de clientes de fibra do que com o número de adições líquidas do período corrente.
Adicionalmente, a linha de Aluguel & Seguros reflete ainda outras relações comerciais com a V.tal, como pontuado anteriormente, estando também influenciada pelo crescimento em outros segmentos como B2B e Atacado.

Qual a razão da mudança de participação da Oi na V.tal, ocorrida em 04/ago? E qual a participação atual da Oi na V.tal após esse movimento?

R: O ajuste formalizado em agosto de 2023, e amplamente sinalizado nas interações com o mercado, tem como origem a aplicação e apuração de condições mais favoráveis para a Oi no contrato da fibra, negociadas no fechamento da operação de venda parcial da UPI InfraCo, conforme divulgado ao mercado através de Fato Relevante em 09/06/2022, e previsto para ser concluído ao final de julho de 2023.
Com este ajuste, a Oi passou a deter ações representativas de 31,21% do capital social votante e total da V.tal, conforme informações divulgadas pela Companhia através dos itens 1.12, 6.4 e 6.5 de seu Formulário de Referência.

É possível haver alterações futuras na participação da Oi na V.tal?

R: As possibilidades de alteração de participação futura da Oi no capital da V.tal existem em função de eventos tais como (i) possíveis aumentos futuros de capital, ou (ii) devido ao desempenho futuro da V.tal em determinadas métricas acordadas como parte do contrato de alienação da participação (como comentado na call de resultados do 2T22), sendo que tais eventos não podem atualmente ser determinados antecipadamente.

Qual a estratégia da Oi em relação a sua participação acionária na V.tal?

R: A Oi buscou a entrada de um novo sócio para o seu veículo de fibra com objetivo de acelerar os investimentos de expansão da rede, garantindo assim a valorização do ativo sem a necessidade de aportar mais recursos próprios. A criação da V.tal, através da chegada de um novo stakeholder, também representou a abertura da rede para outros clientes, implicando em uma melhor rentabilização do ativo.
Considerando que a V.tal ainda está em fase inicial de investimentos e apresenta forte perspectiva de valorização para os próximos anos, a Companhia preferiu manter a opcionalidade de usufruir da potencial valorização do ativo suportando sua sustentabilidade de longo prazo.
A Companhia comunicou amplamente ao mercado, desde o primeiro aditamento ao Plano de Recuperação Judicial, sobre a possibilidade de vender ou utilizar em garantia a sua participação na V.tal, no intuito de reduzir sua dívida.